Quão estristecidos estes versos rimados, rasteiros,
Nada, nenhum veleiro desbravou os horizontes que seguia,
Aquela tarde quente, porém fria, te entregava o pressentimento,
Quando vi a comprovação do que seria um vento, voei em tempestade.
Tudo esperava de vós, menos o que mais abominava, mentira,
A traição de um sentimento já nutrido, todavia existia um coração sincero,
Que agora se encontra partido, desprovido de qualquer certeza,
Irrustida no tudo em nada, absorvendo-me do ridiculo.
Não consigo compreender onde errei, o que suspeito simploriamente é,
Que de repente como num piscar de olhos,
Acabei fechando os meus negando meu destino e cruzando os braços,
Me perdendo entre os passos das verdades que me eram escondidas.
Não aguento a terrivel escolha de manter um eu ou deixar de mim,
Então, estou aqui para chorar minhas palavras,
Para cantar minha dor, que arde, que machuca, que cega,
Não sei se terá volta, só sei que não sei de mim e nem da cançao que estou por fazer...
(TRAIÇÃO DE SENTIDOS)
Rayana Ribeiro