segunda-feira, 13 de outubro de 2008

... As diferenças não são maiores que os afetos ...

♦ VERSOS TRISTES, PEDEM FOLHAS BRANCAS ♦

Se olhos choram, quando pensamentos pesam,
limitam-se a nossa vontade.
Se os braços não se cruzam, as pernas não se encaixam
e os lábios não se tocam, incolume ao desejo.
Se a história passa, e o passado é a lembrança inexorável da vida,
o que buscamos no futuro?

Tantos que vivem, mas choram e enterram sua altivéz,
num esquife.
Tantos que esquecem os princípios e idealizam copiosamente,
o poder exacerbado.
Infamia!
Doce, amarga e traidora infamia, nossos próprios pensamentos
nos corrompe.

Versos, verbos, lacunas, preposições, tudo soa a intensidade
de nossas vontades, de nossas verdades, dos nossos sonhos
apagados e as angustias irrustidas.

Modificamos o mundo e o gravamos no papel,
Modificamos dogmas e engendramos desolação alheia.

E a afável busca incansável da confissão secreta, para
cantar as mágoas, para gritar o silêncio e amarrotar a dor,
pedem brancas folhas, para tristes versos.

(momento de desolação)

Rayana Ribeiro

2 comentários:

Unknown disse...

Oi Ray, minha filha linda,
adorei suas poesias.
Você tem o dom de emocionar.
Que Deus continue te iluminando.
Beijos.

deakkk disse...

Brancas folhas em versos verbalizados por copiosos dogmas, rsss... sintese do eu, parabens!